SONETO A FAMÍLIA
AUTOR: ANTÔNIO ALVES DE OLIVEIRA
A FAMILIA ALVES DE OLIVEIRA
TEM O NOSSO BRASIL POR NATURAL;
MÁS, APESAR DE SER TÃO BRASILEIRA;
SUA ORIGEM É LÁ DE PORTUGAL
É FAMÍLIA TÃO MEIGA E GENIAL
ZELADORA DO NOME E TÃO CORDEIRA;
TÃO SIMPÁTICA AO MUNDO CULTURAL;
QUE NÃO REJEITA UM CORDEL DESSES DE FEIRA
NA FAMÍLIA SE APÓIA QUALQUER DOTE
O POLÍTICO, O POETA , O SACERDOTE
TUDO TEM ENVOLVIDO NESSA CLÃ
COMO O VATE DELIRA NA POESIA
ELA VIVE SONHANDO NOITE E DIA
COM O ABRIR DA CORTINA DO AMANHÃ.
FIM
ALVES DE OLIVEIRA NÃO É SÓ
SOBRENOME DO CLÃ FAMILIAR;
EM JUCÁS LA NA FAZENDA CIPÓ;
A FAMÍLIA FOI MUITO POPULAR
UM AÇUDE SE ERGUEU NÊSSE LUGAR
COM A FORÇA DE ESCRAVO, QUE DEU DÓ;
ASSISTINDO UM PARENTE ME CONTAR;
ONDE ANTES MOROU VÔVÔ E VÓ
DE PICARÊTA, DE PÁ CARRO DE MÃO
E UMA TROPA DE JEGUE DO SERTÃO
TRANSPORTANDO A TERRA, BARRO, AREIA
E EU DIZENDO AO PARENTE, EU ACREDITO
HOJE EU VENDO O AÇUDE ACHO BONITO
MÁS OUVINDO A HISTÓRIA É COISA FEIA.
I
ALVES É UMA FORMA PURA E NOVA
PARA A GRAFIA ÁLVARES COM CERTEZA
QUE POSSUI A ORÍGEM PORTUGUESA
APELIDO SURGIDO À TODA PROVA
COMO UM TRONCO COMUM QUE SE RENOVA
DEMONSTRANDO P´RA O MUNDO OS SEUS VALÔRES
DESCENDENTE DO PORTO E DOS AÇÔRES
DE AZURARA, VALHELAS E BELMONTE
COMO ÁLVARES CABRAL A GRANDE FONTE
DE FAMÍLIA DE BONS NAVEGADORES;
II
OLIVEIRA SUA DESIGNAÇÃO
FOI TIRADO DO PAÇO DE OLIVEIRA
LÁ DE SANTA MARIA VERDADEIRA
FREGUESIA POR DONOMINAÇÃO
DO ARCEBISPO DE BRAGA E SEU IRMÃO
FOI A LINDA FAMÍLIA DESCENDENTE
QUE DA QUAL EU SOU MEMBRO ATUALMENTE
COMO JOSÉ BATISTA DE OLIVEIRA
A CANETA DE OURO E PIONEIRA
QUE ESCREVEU NOSSO POVO E NOSSA GENTE.
AUTOR: ANTÔNIO ALVES DE OLIVEIRA
REPENTISTA E POETA POPULAR.
4 comentários:
P0ETA ANTNIO!!
TENDES QUE OUVIR-ME
Errante, fui cantando
entre as uvas
da Europa
e sob o vento,
sob o vento da Ásia.
O melhor das vidas
e da vida,
a doçura terrestre,
a paz pura,
fui recolhendo, errante,
recolhendo.
Com meu canto
ergui na boca
o melhor duma terra
e de outra terra:
a liberdade do vento,
a paz entre as uvas.
Pareciam os homens
inimigos,
mas a mesma noite
os cobria
e só uma claridade
os despertava:
a claridade do mundo.
Entrei nas casas quando
comiam à mesa,
vinham das fábricas,
riam ou choravam.
Eram todos iguais.
Todos tinham olhos
para a luz, procuravam
os caminhos.
Todos tinham boca,
entoavam cantos
à primavera.
Todos.
Por isso
procurei entre as uvas
e o vento
o melhor dos homens.
Agora tendes que ouvir-me.
POEMA!!
"Não te amo como se fosses rosa de sal,
topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas escuras,
secretamente,
entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si,
escondida,
a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive obscuro em meu corpo o apertado aroma que
nasceu da terra.
Te amo sem saber como,
nem quando,
nem de onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei te amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és,
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se cerram teus olhos com meu sono."
MEU POETA ANTNIO.
"Quantas vezes, amor,
te amei sem ver-te e talvez sem lembrança,
sem reconhecer teu olhar,
sem fitar-te, centaura,
em regiões contrárias,
num meio dia queimante:
era só o aroma dos cereais que amo.
Talvez te vi, te supus ao passar
levantando uma taça em Angola,
à luz da lua de junho,
ou eras tu a cintura daquela guitarra
que toquei nas trevas
e ressoou como o mar desmedido.
Te amei sem que eu soubesse,
e busquei tua memória.
Nas casas vasias entrei com
lanterna a roubar teu retrato.
Mas eu já sabia como eras.
De repente
enquanto ias comigo te toquei
e se deteve minha vida:
diante dos meus olhos estavas,
regendo-me, e reinas.
Como fogueira nos bosques,
o fogo é o teu reino."
Obrigado querida, pela participação!
Um abraço!
Postar um comentário