10 de outubro de 2011 - 07:08
Investimento em segurança virtual vai crescer 18%
Vanessa Coelho
Com o aumento no volume de compras online – que só em 2010 cresceu 40% e movimentou R$ 14,8 bilhões em todo Brasil – e a consequente alta do número de golpes virtuais, outro negócio tem se fortalecido no rastro deixado pelos hackers: a venda de segurança especializada para internet.
De acordo com a consultoria Frost&Sullivan, os investimentos nessa área devem crescer 18%, totalizando US$ 116,2 milhões (cerca de R$ 180 milhões) de investimentos apenas neste ano. A cifra pode parecer alta, mas na visão de Rennan Fortes, gerente de produtos do Site Blindado, o investimento de empresas brasileiras em segurança virtual ainda é baixo, girando em torno de 2% do faturamento anual.
“Nos Estados Unidos o índice varia entre 5 e 10% dos rendimentos, o que também não é ideal. Aqui temos a cultura de negligência, ninguém se preocupa com segurança até ter um prejuízo sério causado por hackers”, analisa.
Engenheira é vítima de golpe em site de compra e venda
Assim como o volume de vendas que gira na internet, o faturamento dos hackers também fica na casa dos bilhões. Segundo cálculo do Ponemon Institute, no último ano os hackers ganharam pelo menos US$ 150 bilhões com dados furtados de pessoas físicas e empresas.
A engenheira Aparecida Tomioka foi uma dessas vítimas. Recentemente ela vendeu um notebook por meio de um grande site especializado em vendas virtuais e, acreditando em e-mails com confirmações de pagamento enviados em nome do site, enviou o produto pelos Correios. O problema é que o depósito nunca aconteceu.
“Eu não sei como a pessoa conseguiu burlar o sistema, mas o depósito nunca aconteceu e o site ainda me cobrou comissão pela venda. Eles não têm segurança e ainda responsabilizam o usuário pelo erro.”
Consumidor deve redobrar atenção ao expor dados na web
Apesar de considerar que nenhuma transação virtual é 100% segura, Erwin Uhlmann, professor de Ciências da Computação da Universidade Guarulhos (UnG), dá algumas dicas básicas para manter os internautas a salvo dos hackers.
Em sites de compras, ele recomenda que se procure páginas de vendas com contratos envolvendo três partes – o consumidor, a empresa e um intermediário terceirizado.
“Caso um lado descumpra o acordo, como a empresa não entregar o produto ou o cliente não pagar, a terceira parte poderá ser acionada e intermediar a solução”, destaca. (colaborou Juliana Aguiar Carneiro)
Fonte Jornal Metrô News São Paulo
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