quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SONETO DE DEDÉ MONTEIRO

Soneto: As quatro velas.

Quatro velas falavam sobre a mesa,
E falavam da vida e tudo mais.
A primeira falou:_ Eu sou a paz,
Mas o mundo não quer me ver acesa.

A segunda, com suspiros desiguais,
Disse triste:_ É a fé a minha empresa,
Nem de Deus se respeita a realeza
Sou supérflua, meu fogo se desfaz.

A terceira murmura já sem cor:
_ Estou triste também sou o amor,
Mas perdi o fulgor como vocês.

Foi a vez da Esperança a quarta vela:
Não desisti ninguém, a vida é bela,
E acendeu novamente as outras três.

Autor: Dedé Monteiro
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