sábado, 11 de fevereiro de 2012

Período de chuvas pede atenção no combate à Dengue

Edilene Ribeiro
A cidade do Rio de Janeiro está em alerta máximo e corre o risco de encarar um surto de dengue este ano. Em 2011 foram contabilizados 76 mil casos e, infelizmente, a estimativa para 2012 é a de uma epidemia tão grave quanto as de 2002 e 2008, quando o número de infectados chegou a 130 mil em cada ano.  
Em contrapartida, a cidade de São Paulo caminha de forma positiva no combate ao mosquito Aedes Aegypti. No ano de 2011, 4.161 pessoas contraíram a doença contra 5.866 casos em 2010. Uma queda de 29%. 
Mesmo que São Paulo não esteja na linha de risco de uma possível epidemia de dengue, especialistas alertam que o período de chuvas favorece o aparecimento do mosquito em qualquer região e por isso, a adesão dos paulistanos no controle diário da doença é fundamental. “Não podemos deixar de eliminar a água parada. A dengue é uma doença muito séria”, ressalta a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Bronislawa de Castro.
Este ano, nem mesmo o jogador Ronaldo (Fenômeno) escapou da doença, chegando a ficar internado logo na primeira semana de 2012. Através do Twitter ele tranquilizou os seus seguidores. “Obrigado pelo carinho. Já estou em recuperação. Tive alta ontem à noite. Agora é tratar e repousar para estar bem logo!!! #malditomosquito”, escreveu.
Na dúvida, procure um médico o mais rápido possível
Segundo o infectologista do Hospital Ama do Grupo Seisa, Jeosafá Campos Prudêncio, é importante lembrar que a prevenção da doença depende de um esforço coletivo e não apenas individual. “A dimensão do ciclo de ação do mosquito que se acreditava ser anteriormente de 100 metros, hoje chega até um quilômetro. Por isso, mesmo que você cuide da sua casa, se o vizinho não cuidar, ainda há risco”.
É comum que os sintomas da dengue confundam-se com os de uma gripe. Dor de cabeça, dores musculares intensas e febre alta são alguns dos sinais. No entanto, manchas na pele, falta de apetite, dor atrás dos olhos, ocorrência de vômitos e diarreia são indícios mais característicos da doença. “É normal que a população tenha dificuldade de diferenciar os sintomas da dengue e da gripe. Por isso, no caso de dúvidas, deve-se recorrer ao médico para um diagnóstico adequado. Mas vale notar que em casos de gripe, os sintomas respiratórios também aparecem como tosse, coriza, dor de garganta e secreção nasal”, diz a infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Mariana Volpe Arnoni.
Evite se medicar por conta própria
Quando os sintomas da dengue aparecem, os médicos recomendam não se automedicar. “Evite qualquer remédio que tenha ácido acetilsalicílico presente nas aspirinas, AS e outras medicações como Coristina e Doril”, aconselha Mariana Arnoni. Segundo o infectologisa Jeosafá Prudêncio, eles acentuam o risco de sangramento.
Outra dúvida comum: quem pegou dengue uma vez, pode ser infectado novamente? Sim, pode, segundo o infectologista. “Existem quatro tipos de vírus diferentes. É possível adquirir imunidade de um deles, mas mesmo assim, corre o risco de ser infectado pelo outro”, diz. Segundo Marina, a picada é semelhante a de um pernilongo e pode causar vermelhidão e coçar. 
 

Fonte jornal metrô news SP.

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