LUTO: Morre o poeta João Paraibano, um dos grandes talentos do repente nordestino

Na pancada, provocada por uma moto, teve um coágulo na cabeça e pegou uma infecção causada por uma bactéria. Paraibano de Princesa Isabel, mas radicado em Pernambuco, João tinha 62 anos.
O poeta foi atropelado na Rua Diomedes Gomes, em Afogados da Ingazeira. Segundo a polícia, a moto, conduzida pelo mototaxista Daniel Silva, atingiu o poeta quando atravessava a rua.
O poeta foi atropelado na Rua Diomedes Gomes, em Afogados da Ingazeira. Segundo a polícia, a moto, conduzida pelo mototaxista Daniel Silva, atingiu o poeta quando atravessava a rua.
João Paraibano foi socorrido ao Hospital Regional Emília Câmara e no dia seguinte fez exames na Casa de Saúde Dr José Evóide de Moura. Os resultados apontaram a necessidade de transferência para Recife. João foi levado para o Hospital da Restauração para mais exames, onde foi identificado um coágulo.
INVERNO NO SERTÃO
O nordeste está mais lindo
No final da estiagem
O gado dormindo em cima
Do sobejo da pastagem
E um pincel de tinta verde
Mudando a cor da paisagem
No final da estiagem
O gado dormindo em cima
Do sobejo da pastagem
E um pincel de tinta verde
Mudando a cor da paisagem
Como é lindo no inverno
Se avistar filhos e pais
Assoviando na frente
E os filhos cantando atrás
Quebrando o pendão do milho
Pra “boneca” engrossar mais
Se avistar filhos e pais
Assoviando na frente
E os filhos cantando atrás
Quebrando o pendão do milho
Pra “boneca” engrossar mais
O rio aumenta as enchentes
Formiga sai da panela
Se avista a borboleta
Beijando a flor amarela
Pedindo licença a pétala
Pra se deitar dentro dela
Formiga sai da panela
Se avista a borboleta
Beijando a flor amarela
Pedindo licença a pétala
Pra se deitar dentro dela
Em cada cravo despido
Tem quatro patas de abelhas
A grama está mastigada
Em dentadura de ovelhas
A bica enchendo a lata
E o lodo cobrindo as telhas
(João Paraibano)
Tem quatro patas de abelhas
A grama está mastigada
Em dentadura de ovelhas
A bica enchendo a lata
E o lodo cobrindo as telhas
(João Paraibano)
Poxa, que notícia triste. A perda de mais um grande Baluarte da verdadeira POESIA!