domingo, 12 de julho de 2015

Estudos mostram descaso dos governantes com futuro da Terra


25/06/2015 11:59 AM / Editorial / Atualizado em 25/06/2015 11:59 am
As mortes associadas à poluição deverão atingir em 2050 até 3,6 milhões de pessoas, estima recente estudo da ONU (Organização das Nações Unidas) publicado no final de 2013, prevendo que a deterioração da qualidade do ar se torne a principal causa das mortes associadas a questões ambientais.
As vítimas fatais estarão concentradas, principalmente, na China e na Índia, mas o Brasil ocupa um lugar de destaque no estudo e estará entre os dez primeiros países do ranking, se não mudar radicalmente sua política de combate à poluição.
Um outro estudo feito a pedido do governo britânico concluiu que a resistência a antibióticos pode ser responsável por 10 milhões de mortes ao ano até 2050 e afetar o Produto Interno Bruto mundial de 2% a 3,5%. O informe sobre a resistência antimicrobiana lembra que as cirurgias podem ter se estendido e perdido periculosidade graças aos antibióticos e que intervenções como as cesarianas poderiam se tornar mais perigosas.
Comparativamente, o estudo avalia que a segunda maior causa de morte, o câncer, dará conta de 8,2 milhões de mortes ao ano em 2050. Os cálculos se baseiam em estudos existentes do instituto de pesquisas Rand Europa e a consultoria KPMG. O informe ainda adverte que a resistência a medicamentos não é “um risco distante e abstrato” e pediu “uma intervenção importante para evitar o que ameaça ser uma carga devastadora para os sistemas sanitários do mundo”.
Conclusão óbvia dos dois recentes estudos feitos por órgãos que se localizam acima de qualquer suspeita: urge que os governantes do planeta se unam no combate à poluição e ao uso indiscriminado dos antibióticos. Dois pontos que parecem tão claros, mas que não estão merecendo o devido cuidado por parte daqueles que, em suma, dirigem os destinos de toda humanidade. Ou as atitudes começam a ser tomadas, agora, ou a situação poderá se mostrar bem mais complexa e  delicada quando atingirmos o “distante” ano de 2050.
Fonte : folhametro.com.br

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