quinta-feira, 14 de junho de 2012

Labirintite pode estar ligada a outros problemas


13 de junho de 2012 - 09:30
Divulgação
Tonturas, náuseas e vômitos estão entre os sintomas da doença


















Edilene Ribeiro



Falta de equilíbrio, tontura e vertigem são característicos sintomas de quem sofre da popular ‘labirintite’. No entanto, segundo os médicos, há um mal-entendido nessa explicação. “A labirintite é uma condição rara que significa a inflamação do labirinto. No entanto, a doença mais comum que causa tonturas e vertigens é a labirintopatia”, explica o otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Fernando Ganança.
O otorrinolaringologista Ítalo Medeiros, do Hospital das Clínicas, diz que parte do labirinto


é responsável pelo equilíbrio do corpo e a outra parte pela audição. “Ele manda informações ao cérebro da postura correta e do equilíbrio adequado. Se houver alguma disfunção no labirinto, a pessoa passa a sofrer com tonturas constantes. Mas para definir o tratamento é preciso analisar o tipo de tontura e tratar a causa.”
Medeiros diz que existem várias maneiras e tipos de tonturas, entre elas a vertigem, que dá a impressão de tudo estar rodando. “É muito importante saber em quais situações surge a tontura, quanto tempo ela demora e como passa.”
Segundo Ganança, mais de 300 causas levam a esse distúrbio do labirinto, que tem como sintomas as tonturas, náuseas, mal-estar, vômitos, quedas, zumbido ou perda auditiva, dependendo do estado. “É importante passar pela avaliação do médico. Existem diversos motivos que levam ao mau funcionamento do labirinto. Pode ser um trauma acústico, uma pancada, um trauma pressórico (mergulho ou viagem de avião) ou problemas vasculares. Alterações hormonais ou metabólicas também causam disfunção do labirinto como a hipoglicemia e o colesterol”, disse.
Labirintopatia pode desenvolver problemas físicos e emocionais
De acordo com os médicos é fundamental tratar a causa da labirintopatia, que não tem idade para aparecer, porém é mais comum em mulheres com idade acima dos 40 anos. “O mais importante é não ter a labirintopatia como doença única, e sim tratar a causa. Se for um problema na coluna cervical, por exemplo, que está levando a isso, faça o tratamento adequado para a coluna. Às vezes é preciso melhorar a dieta. Noutras é preciso corrigir um problema visual. Em muitos desses casos a pessoa consegue se livrar da tontura”, aconselha o otorrinolaringologista Ítalo Medeiros.
Para diagnosticar a causa e a doença é possível fazer uma variedade de exames. Caso o médico não encontre nenhuma causa, a labirintopatia pode ser tratada por meio de medicamentos que ajudam na compensação do labirinto e melhoram o equilíbrio.
Exercícios de reabilitação vestibular também ajudam. “Trata-se de um programa de exercícios que ajuda o cérebro a equilibrar as informações do labirinto. Devem ser feitos diariamente com acompanhamento médico e têm um ótimo resultado”, diz.
Fonte: Metrô News SP.

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