sábado, 20 de outubro de 2012

Excesso de álcool no sangue pode causar parada respiratória


Se você costuma dar PT ("perda total") na balada, cuidado: uma delas pode ser fatal. O consumo exagerado de bebidas alcoólicas pode, sim, levar à morte. O envenenamento por álcool é consequência da sua ingestão em maior quantidade do que o corpo consegue metabolizar. E nem é preciso tanto assim. Segundo o National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, o nível de consumo considerado "uso pesado episódico" - isto é, além da conta - começa em 5 doses para os homens e 4 para as mulheres, em um período de duas horas. 

O álcool mata porque exerce efeito depressivo sobre o sistema nervoso central e "desliga" as áreas cerebrais que controlam a consciência, a respiração e os batimentos cardíacos, levando ao coma e à morte. Como o corpo é sábio, ele dá o alerta sobre esse risco iminente fazendo você se sentir mal e parar de beber. Pelo vômito, ele tenta jogar para fora o álcool antes que caia na corrente sanguínea. "A intoxicação alcoólica grave provoca distúrbios metabólicos, como desidratação, hipotensão - a queda da pressão arterial - e arritmia, levando à parada cardíaca", diz Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do HCor. Outro perigo mortal nesse quadro é a asfixia pelo vômito - no caso daqueles que apagam e, de tão intoxicados, não conseguem acordar.

Calibrar a ingestão de birita é questão não apenas de bom senso mas também de noção de limites. "Não é possível afirmar com exatidão depois de quantos drinques o perigo começa, pois a intoxicação depende de fatores individuais, como massa corporal e grau de tolerância à bebida", frisa Magnoni. Outra variável é o estado do fígado. "Um órgão já avariado sofre mais os efeitos do álcool", explica o médico. Isso tudo sem falar nos problemas crônicos que podem ser causados pela bebida, como cirrose, pancreatite, colite e gastrite, por exemplo. 


Veja o que acontece com você a medida que aumenta a concentração de álcool no sangue (CAS). Concentração medida em gramas/litro.

0,1 a 0,6 - Você ainda está sóbrio, consciente de todas as suas ações.
0,3 a 1,2 - Alegrinho, começa a se sentir autoconfiante e eufórico. Suas reações ficam mais lentas.
0,9 a 2,5 - Seu julgamento começa a ficar comprometido, da mesma forma que seu equilíbrio e habilidades motoras. Se for homem, pode não conseguir uma ereção.
1,8 a 3,0 - Inconveniente, enrola a língua, fala bobagens ou fica violento. Caso se machuque, nem percebe, porque não sente dor. Começam vômitos e náuseas.
2,5 a 4,0 - Já em risco de apagão, você precisa de ajuda para se levantar e caminhar. Começa a perder a noção do que acontece à sua volta.
3,5 a 5,0 - Inconsciente, você entra em coma. Seu cérebro já não comanda seus batimentos cardíacos e ritmo respiratório. Sobreviver vai ser uma vitória.
5,0 - Você morre de parada respiratória.


Fonte: Glaucialima.com

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